UNIDA À DOR DO CRISTO

Só me restava, em lágrimas, orar...
Prostrada a um canto, ouvir o despudor
Dos ímpios que, em sarcasmo, o Redentor
Arrastavam, sem dó, a crucificar!

Eram tormentos Seus o meu martírio,
Contra os algozes, minha vã revolta!
E, na vontade de os matar, à solta,
Pecava também eu nesse delírio!

Da carne viva em chaga, era o meu sangue
Que emergia; e aos do Cristo equalizados,
Eram meus pés e mãos os perfurados!

Ante a Virgem que olhava o Filho exangue,
Morrer com Ele, era a ânsia que eu sentia...
Ignorando a ALELUIA que adviria!

10/Abril/2009
In E-Book “Sonetos Escolhidos III”

Carmo Vasconcelos

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